- Área: 105 m²
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Fotografias:Jae Yoon Kim
Descrição enviada pela equipe de projeto. Em uma floresta de edifícios de concreto, em uma ruela densa típica do centro de Daegu, o café coreano Mu-A é um espaço para viajar no tempo. Este espaço onde podemos entrar enquanto passeamos por modernas ruelas, dá as boas vindas aos visitantes com menus tradicionais diversos, como Chalddeok (um bolo de arroz glutinoso), ou ainda Jeolpyeon (um bolinho de arroz batido), como um reflexo do moderno e contemporâneo presentes na cidade.
Estrutura Suspensa
Este edifício busca referências em um edifício de altura tradicional coreana, Nugak, seguindo as vontades dos projetistas de incorporar a massa de estrutura flutuante no ar. Esta fachada reinterpreta o portão do edifício tradicional no qual nossos antepassados acompanhavam as mudanças das estações. Como se sabe, Daegu é muito quente no verão, e além disso, este edifício enfrenta a fachada oeste com sol forte da tarde. Assim, os arquitetos, equiparam o edifício com uma grande persiana de sombreamento movida à motor para controlar a luz e o vento.
A persiana também tem o papel de fazer com que a intensa luz do final de tarde, além do cenário externo, sejam trazidos para os interiores de maneira mais suave, uma vez que são filtrados. As persianas são uma derivação dos Bunhapmun (uma porta de correr para separar os interiores do pátio interno) e no qual foi aplicada a cor de Hanji (um papel tradicional feito a partir de uma aroeira). Além disto, uma padronagem de flor, uma das técnicas de coração utilizada em templos e palácios budistas, também é aplicada repetitivamente nos interiores e exteriores junto às aberturas.
O prazer das atrações diversas
Em termos de estrutura, o arquiteto concebeu balanços e massas flutuantes do primeiro pavimento, que parece flutuar. Este é um espaço tradicional e de amortecimento entre as ruelas exteriores e o edifício, e também é um elemento importante para neutralizar a diferença entre este edifício que parece flutuar tranquilamente a rua movimentada.
Uma área de boas vindas no primeiro pavimento anuncia o início de um novo espaço. Centrado no balcão do primeiro pavimento, as cozinhas principal e auxiliar estão no subsolo e são distribuídas por um pequeno elevador que faz a comunicação com os demais pavimentos.
Os espaços no segundo pavimento e nos mezaninos acima criam diversidade no espaço através da repetição de amplitude e estreitamentos. Aqui há uma pequena fonte de água entre o hall do segundo pavimento e a área de serviço meio pavimento acima, e o espaço conta ainda com uma grande porta com padronagens de flores, similar às da fachada. A pequena fonte de água pode ser coberta e utilizada como pequeno palco para apresentações.
O teto do terceiro pavimento é alto para conferir abertura aos visitantes ao pavimento da cobertura, delimitando os espaços da 'sala de chá', o lugar mais sagrado do edifício. O teto possui forro de madeira entrelaçada em relevo para enfatizar a identidade do edifício e estabilizar visualmente a sala de chá. Este ambiente localizado no pavimento mais alto dá um tom divino ao espaço, reforçado pela luz natural proveniente da abertura zenital que cria uma atmosfera lúdica.
Os arquitetos utilizaram materiais como madeira, aço, pedra e papel como acabamento, na tentativa de expressar este espaço de maneira clara e limpa. Este projeto envolveu uma série de processos complicados, desde a concepção do projeto à sua construção, mas ele apenas foi possível de ser realizado com a confiança total dos clientes.